Atualizada às 9h30
Ao menos 27 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta terça-feira em dois atentados executados com poucas horas de intervalo em Bagdá, ao mesmo tempo que as forças governamentais tentam expulsar os extremistas de Mossul, a segunda maior cidade do país.
Um dos ataques foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), o mesmo que resiste ao avanço das tropas iraquianas em Mossul (norte), onde 200.000 civis estão bloqueados entre os combates, o que preocupa várias organizações internacionais.
Nesta terça-feira, pouco depois da meia-noite, um carro-bomba foi detonado diante de uma sorveteria no bairro de Kerrada, centro de Bagdá.
"O balanço subiu a 16 mortos e 75 feridos, incluindo mulheres e crianças", afirmou uma fonte das forças de segurança.
Fotografias publicadas nas redes sociais mostram o impacto devastador da explosão, que deixou o local cercado por escombros.
O grupo EI reivindicou o ataque por meio de sua agência de propaganda Amaq e indicou que tomou como alvo "uma reunião de xiitas".
Brett McGurk, enviado da coalizão liderada pelos Estados Unidos, condenou o ataque.
"Os terroristas do EI atacaram famílias e crianças que tomavam sorvete ao ar livre. Seguimos respaldando o Iraque contra os malvados", escreveu no Twitter.
Poucas horas depois, um carro-bomba explodiu na "ponte dos mártires", uma das principais da capital.
"Onze pessoas morreram na explosão do carro-bomba contra civis", afirmou um policial, que citou dezenas de feridos.
O atentado não foi reivindicado, mas o 'modus operandi' recorda o do grupo EI.