Mais de 80 crianças foram mortas no Oriente Médio em janeiro

Pelo menos 83 crianças, a maioria sírias, morreram durante um "sangrento" janeiro nos conflitos que assolam seus países no Oriente Médio e África do Norte
JC Online
Publicado em 05/02/2018 às 11:35
Pelo menos 83 crianças, a maioria sírias, morreram durante um "sangrento" janeiro nos conflitos que assolam seus países no Oriente Médio e África do Norte Foto: Foto: AFP


Pelo menos 83 crianças, a maioria sírias, morreram durante um "sangrento" janeiro nos conflitos que assolam seus países no Oriente Médio e África do Norte, informou o Unicef nesta segunda-feira (5).

"A intensificação da violência no Iraque, na Líbia, na Síria, no Estado da Palestina e no Iêmen" teve consequências "devastadoras" para a vida das crianças, afirma em comunicado o diretor regional do Unicef, Geert Cappelaere.

Números

"Somente em janeiro, pelo menos 83 crianças foram mortas (...) em conflitos em curso, ataques suicidas ou de frio ao fugir de zonas de guerra", disse ele. "São crianças, crianças! (...) que pagaram o preço mais alto por guerras que não são responsáveis", acrescentou Cappelaere.

Na Síria, onde a guerra acontece desde 2011, "59 crianças foram mortas nas últimas quatro semanas", de acordo com o Unicef.

No Iêmen, 16 crianças também perderam a vida "em ataques em todo o país" da península arábica.

Em Benghazi, no leste da Líbia, "três crianças foram mortas em um ataque suicida e outras três enquanto brincavam perto de dispositivos explosivos", indica o comunicado.

Uma mina terrestre também matou uma criança na cidade velha de Mossul, antiga fortaleza do grupo do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque, enquanto uma criança foi baleada em uma aldeia perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel.

No Líbano, "16 refugiados sírios, incluindo quatro crianças, que fugiam de seu país morreram de frio durante uma tempestade severa", informa o Unicef.

"Não são centenas, nem milhares, mas milhões de crianças no Oriente Médio e Norte da África que perderam sua infância, mutiladas, traumatizadas, presas, impedidas de ir para a escola (...) e privadas do direito mais básico, de brincar", enumera o comunicado.

Para Cappelaere, "podemos silenciar as crianças, mas suas vozes continuarão a ser ouvidas!". "Sua mensagem é nossa: a proteção das crianças é primordial em todas as circunstâncias, faz parte das leis da guerra", disse ele.

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