Mais de 350 pessoas foram presas na Venezuela nesta semana em manifestações contra o regime do presidente Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (25) o Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos.
A alta comissária chilena Michelle Bachelet disse em um comunicado que seu escritório recebeu "informações sobre as prisões em massa de manifestantes - mais de 350 no total esta semana".
O Alto Comissariado pediu "conversas imediatas" para aliviar a tensão e as violências no país.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o autoproclamado presidente interino, o opositor Juan Guaidó, intensificarão nesta sexta-feira (25) a ofensiva pelo poder, em meio a uma mobilização internacional sobre a crise do país sul-americano.
Depois de receber na quinta-feira o apoio decisivo das Forças Armadas, Maduro terá um encontro nesta sexta-feira com a imprensa nacional e estrangeira para intensificar as denúncias de um golpe de Estado em marcha, orquestrado por Washington.
Guaidó, presidente do Parlamento que proclamou ser o governante do país na quarta-feira, declarou na quinta-feira à noite, em uma entrevista ao canal Univisión, que em breve serão anunciadas ações para sábado e domingo. "Vamos seguir adiante para obter o fim da usurpação, um governo de transição e eleições livres", afirmou, de um local de Caracas não revelado.
Ele pediu aos venezuelanos que prossigam com os protestos, que em quatro dias de distúrbios deixaram 26 mortos.