O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou em discurso nesta segunda-feira (25) em reunião extraordinária do Grupo de Lima em Bogotá que a administração do presidente Donald Trump imporá mais sanções contra o regime de Nicolás Maduro, da Venezuela. O governo americano pressiona pela queda de Maduro e para que seja reconhecido o autointitulado presidente interino, Juan Guaidó.
Pence lembrou que os EUA já impuseram sanções contra ao menos 50 cidadãos venezuelanos e contra a estatal petrolífera PdVSA. Além disso, ressaltou que o governo Trump foi o primeiro a reconhecer Guaidó como "presidente legítimo". Segundo ele, agora é necessário intensificar o isolamento do regime de Maduro, isolando-o. "Todos os países do Grupo de Lima devem congelar ativos da PdVSA", defendeu, pedindo também que essas nações passem os ativos do governo venezuelano para o controle de Guaidó.
O vice de Trump repetiu a ameaça feita pelo presidente de que "todas as opções estão sobre a mesa" para lidar com a crise, embora tenha dito esperar uma transição pacífica. Os militares da Venezuela podem aceitar a oferta de anistia ou serão responsabilizados mais adiante, alertou.
Pence afirmou que os EUA já enviaram US$ 139 milhões em ajuda à Venezuela, por meio de Colômbia e Brasil. Ele criticou os partidários de Maduro por queimarem caminhões com ajuda e por disparos indiscriminados contra civis inocentes. "Maduro está desesperado e busca intimidar população", disse.
O vice-presidente americano comentou que vários países já se comprometeram a lutar contra a lavagem de dinheiro pelo regime venezuelano. Pence afirmou que o governo de Caracas recebe apoio de Cuba, mas garantiu que a força de Maduro diminui a cada dia. Também pediu que México, Uruguai e países do leste do Caribe também reconheçam Guaidó como líder legítimo do país.