Onze civis morrem em bombardeios no noroeste da Síria

Os ataques aéreos e os disparos de artilharia deste domingo voltaram-se para regiões de Idlib e Hama, onde nove civis morreram
AFP Conteúdo
Publicado em 28/07/2019 às 20:58
Os ataques aéreos e os disparos de artilharia deste domingo voltaram-se para regiões de Idlib e Hama, onde nove civis morreram Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP


Onze civis morreram neste domingo (28) em novos bombardeios do regime sírio e seu aliado russo, na região noroeste da Síria, dominada por grupos extremistas, informou neste domingo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Desde o fim de abril, o regime de Bashar al-Assad e a aviação russa bombardeiam a província de Idlib e zonas adjacentes das províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Lataquia.

Os ataques aéreos e os disparos de artilharia deste domingo voltaram-se para várias regiões de Idlib e Hama, onde nove civis morreram, de acordo com a ONG.  

Cinco deles morreram nos ataques do regime sobre os bairros residenciais de Ariha, em Idlib, e outros três em ataques contra outras áreas do noroeste sírio. Os ataques russos contra terras agrícolas do norte de Hama provocaram a morte de duas mulheres, segundo o OSDH.

A província de Idlib, onde vivem cerca de 3 milhões de pessoas, está dominada pelos extremistas da Hayat Tahrir Al Cham (HTS, o antigo braço sírio da Al Qaeda). 

Outras facções jihadistas e grupos rebeldes também estão presentes nesta região.

No sábado, 15 civis, entre eles, oito meninos, morreram em ataques do regime e de seus aliados russos, 11 deles em Ariha, segundo o OSDH.

Desde que começou a escalada no fim de abril, os ataques aéreos e os disparos de artilharia tiraram a vida de 750 civis, entre eles 190 crianças, afirmou o OSDH.

Durante o mesmo período, mais de 400.000 pessoas foram deslocadas, segundo a ONU. "Cidades e povoados inteiro ficaram aparentemente vazios de seus moradores, que fugiram", disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) em um relatório.

 EI reivindica ataque contra o Exército 

Mais ao sul da Síria, na província de Deraa, o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria de um ataque suicida a um posto de controle neste sábado, que matou seis militares do Exército. 

O ataque se deu em um setor próximo da localidade Mleiha Al Atsh, segundo o OSDH.

Em um comunicado publicado na noite de sábado no Telegram, o grupo EI anunciou uma operação suicida executada por dois homens, que dispararam contra um grupo de militares e em seguida "detonaram seu cinturão de explosivos". 

Segundo o OSDH, o homem-bomba estava de moto e "ateou fogo a si mesmo e se lançou contra um ponto de controle dos militares e milícias aliadas em uma estrada, matando seis militares e deixando feridos". 

A agência de imprensa oficial Sana deu uma versão diferente, contabilizando apenas feridos. "Um terrorista ateou fogo em seu cinturão de explosivos durante um bombardeio do Exército contra um reduto terrorista". 

As forças pró-regime situadas em Deraa são alvo de ataques quase diários, que não costumam deixar vítimas, destacou o OSDH.

A província de Deraa foi tomada dos rebeldes no verão (boreal) de 2018 pelas forças do regime, apoiadas pela Rússia. Contudo, extremistas continuam encurralados na região. 

TAGS
Síria bombardeio onze mortos
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory