O Irã reconheceu neste sábado (11) que suas forças armadas "involuntariamente" derrubaram o avião ucraniano que caiu no início desta semana, matando todos os 176 a bordo, depois do governo do país ter negado repetidamente as acusações de que era responsável pela tragédia.
O avião foi abatido na última quarta-feira (08), horas após o Irã lançar um ataque contra duas bases militares que abrigavam tropas dos EUA no Iraque, em retaliação pelo assassinato do general Qassem Soleimani em um ataque aéreo americano em Bagdá. Ninguém foi ferido no ataque às bases.
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Uma declaração militar realizada por meio da mídia estatal disse que o avião foi confundido com um "alvo hostil" depois que tomou a direção de um "centro militar sensível" da Guarda Revolucionária. Os militares estavam em seu "nível mais alto de prontidão", segundo o comunicado.
"Em tal condição, por causa de um erro humano e de maneira não intencional, o voo foi atingido", disseram os militares. O governo se desculpou e prometeu atualizar seus sistemas para evitar futuras tragédias. Os responsáveis pelo ataque ao avião serão processados, acrescentou o comunicado.
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O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, expressou suas "profundas condolências" pelas famílias das vítimas e instou as forças armadas a "apurar prováveis deficiências e culpados no doloroso incidente".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, emitiu um comunicado dizendo que a investigação do acidente deve continuar e que os "autores" devem ser levados à justiça. Ele disse que o Irã deveria compensar as famílias das vítimas e requisitou ao país asiático "desculpas oficiais pelos canais diplomáticos".
Não está claro se o avião foi abatido pelas forças convencionais do Irã ou pela poderosa Guarda Revolucionária, que responde diretamente a Khamenei.