O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de liberdade feito pelo executivo Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia. Um dos investigados pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras, ele está preso desde 10 de novembro.
O pedido, em caráter de liminar, foi negado pelo desembargador Newton Trisotto, convocado para o STJ. Ele justificou a necessidade de manutenção da prisão preventiva pela garantia da ordem pública, para manter a ordem na sociedade abalada pela prática de um delito.
"Nos últimos 20 anos, nenhum fato relacionado à corrupção e à improbidade administrativa, nem mesmo o famigerado 'mensalão', causou tanta indignação, tanta repercussão danosa e prejudicial ao meio social quanto esses sob investigação na operação Lava Jato, que a cada dia revela novos escândalos", afirmou.
No decreto de prisão contra o executivo, o juiz federal Sérgio Moro afirma que depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa apontam a participação da empresa Galvão Engenharia no cartel de empreiteiras que fraudaram e superfaturaram licitações da estatal, tendo Fonseca como seu representante direto.
O STJ ainda irá julgar o pedido de habeas corpus de Fonseca, mas ainda não definiu uma data para isso.