Em depoimento aos investigadores da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro Alberto Youssef afirmou que depositou R$ 2,5 milhões para um gráfica para pagar dívida de campanha do PT em 2012.
Segundo Youssef, o pagamento foi feito a pedido da UTC para uma gráfica em São Paulo, por meio de contas do Leonardo Meirelles e Meire Pozza, respectivamente ex-sócio e ex-contadora do doleiro.
Os depósitos configurariam caixa dois, pois foram feitos diretamente para a gráfica, sem registro nas contas do partido.
De acordo com reportagem do "Valor", a dívida referia-se à campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo, e foi quitada a mando do presidente da UTC, Ricardo Pessoa.
O advogado Alberto Toron, que representa o empresário, afirmou desconhecer a delação de Youssef e a reportagem do "Valor", e que portanto não iria comentar. A assessoria da UTC informou que a empresa não está prenunciando sobre o caso.
A Folha de S.Paulo ainda não conseguiu contato com o diretório municipal do PT. Ao "Valor", o partido informou que as contribuições de empresas feitas para a campanha de Haddad foram legais e rejeitou a acusação do doleiro.