Justiça Eleitoral ouvirá Costa e Youssef em ação que pede cassação de Dilma

PSDB pediu que o TSE nvestigue se houve abuso de poder econômico e político por parte da campanha de Dilma
Da Folhapress
Publicado em 28/04/2015 às 10:58
PSDB pediu que o TSE nvestigue se houve abuso de poder econômico e político por parte da campanha de Dilma Foto: Foto: Fotos Públicas


Delatores do esquema de corrupção da Petrobras, o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef serão ouvidos pela Justiça Eleitoral em uma ação do PSDB que pede a cassação da presidente Dilma Rousseff.

A decisão é do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha. A intenção é apurar se os desvios de recursos públicos e pagamento de propina influenciaram a reeleição da presidente.

O PSDB pediu que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) investigue se houve abuso de poder econômico e político por parte da campanha de Dilma, entre outros pontos pelo que chamou de "campanha milionária" que superou a soma das despesas de todos os demais candidatos à Presidência e o recebimento de doações de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas.

As doações ao PT estão sob suspeita porque, segundo o Ministério Público Federal, foram uma forma de pagamento da propina que empresas deviam ao partido para manter contratos com a estatal.

Os tucanos pedem a cassação dos registros de Dilma e do vice-presidente Michel Temer.

Costa e Youssef devem ser ouvidos por um juiz eleitoral. O TSE vai enviar um comunicado à Justiça do Paraná, responsável pelo processo da Lava Jato, para a tomada do depoimento dos dois.

"Como a discussão de toda essa Operação Lava Jato é política, com fornecimento de dinheiro para os partidos, não sei se aconteceu, isso tem que ser perguntado se contaminou as eleições de 2014. Parece muito difícil porque toda declaração [dos delatores] vem para o ano de 2010", afirmou o corregedor.

Noronha ainda negou pedido do PSDB para ter acesso à "relação de eventos realizados no Palácio da Alvorada e das pessoas que deles participaram" durante a campanha eleitoral. Para o ministro, os tucanos não mostraram a necessidade dos dados para a apuração do caso.

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