Oposição articula comitê para receber doações e coordenar ações pró-impeachment

A criação do comitê suprapartidário foi proposta pelo presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), conhecido como Paulinho da Força
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 16/02/2016 às 20:21
A criação do comitê suprapartidário foi proposta pelo presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), conhecido como Paulinho da Força Foto: Foto: VESA MOILANEN LEHTIKUVA/ AFP


Líderes da oposição na Câmara estão articulando a criação de um "comitê suprapartidário" pró-impeachment, composto tanto por parlamentares quanto por representantes da sociedade civil. A ideia é que o colegiado possa receber doações de pessoas físicas, empresas e grandes instituições para bancar mobilizações em prol da saída da presidente Dilma Rousseff.

A criação do comitê suprapartidário foi proposta pelo presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), conhecido como Paulinho da Força, durante reunião dos líderes oposicionistas no fim da manhã desta terça-feira, 16. E foi bem recebida. "Achamos que precisa haver algo institucionalizado e permanente para coordenação das atividades do impeachment", defende um dos opositores.

Com a conta bancária do comitê suprapartidário, parlamentares opositores esperam angariar doações principalmente de grandes instituições que já se declararam favoráveis ao impeachment da presidente. Uma das principais entidades da qual desejam obter doações é a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente é o empresário Paulo Skaf, filiado ao PMDB. 

Atualmente, já há na Câmara um movimento suprapartidário, que vem coordenando ações pró-impeachment. O colegiado, contudo, conta apenas com parlamentares e não possui conta bancária. Uma das ações do movimento foi realizada em setembro, quando lançou um site com abaixo assinado pelo impeachment de Dilma.

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