Um dia depois da morte do ministro Teori Zavascki, o presidente Michel Temer se reuniu na manhã desta sexta-feira (20) no Palácio do Planalto com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e com os comandantes das Forças Armadas.
A notícia da morte do relator dos processos da Lava Jato no STF chocou o Planalto. Segundo auxiliares do presidente, Temer considerava o ministro "sóbrio e correto" na condução dos processos. Ainda que não tivessem uma relação íntima, havia um sentimento de respeito mútuo.
Interlocutores de Temer destacam que Teori assumiria um protagonismo ainda maior neste ano, ao ser personagem central nos desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato.
Temer deverá ir ao velório de Teori, a ser realizado em Porto Alegre na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que foi presidido pelo ministro de 2001 a 2003. Auxiliares palacianos estão à espera da liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML) e da confirmação da data e horário do velório para enviarem uma equipe precursora.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, já está em Porto Alegre e também irá ao velório.
Segundo o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, Temer já colocou à disposição da família de Teori uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer o transporte do corpo.
Mais cedo, o presidente recebeu no Planalto a ex-ministra do STF Ellen Gracie, que acompanhou audiência de Temer com o presidente da Janssen no Brasil, Bruno Costa.
"Eu tinha Teori como um irmão. Tivemos a oportunidade de trabalhar juntos por 30 anos. Durante minha presidência no Tribunal Federal da 4ª região, fiz com ele uma dobradinha. Ele era meu vice-presidente", disse Ellen a jornalistas, ao deixar o Planalto.