O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) entrou em contato com a Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira (12) para esclarecer o fato de seu nome estar incluso na lista da delação do Ministro do STF Edson Fachin, divulgada nesta terça (11). Em entrevista ao comunicador Geraldo Freire, o ex-governador de Pernambuco afirmou que não recebeu propina por parte da Odebrecht e sim doações de campanha legalizadas.
"A acusação é que eu teria recebido propina. O que recebi da empresa foram doações para esta campanha e campanhas anteriores, que estão devidamente documentadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco", afirmou Jarbas. O deputado também criticou aqueles que relacionam as doações com recebimento de propina ou caixa dois. "Querer confundir doação com propina é uma coisa maldosa. Propina é uma coisa, é um favor por dinheiro, doação é diferente", apontou. O também ex-prefeito do Recife afirmou ter procurado a Rádio Jornal para se explicar para seus eleitores e aqueles que acreditaram em seu projeto.
Após longa espera, a lista do ministro do STF e relator da Operação Lava Jato, Edson Fachin, veio à tona. O Estadão teve acesso com, exclusividade, ao documento e revelou que 83 pessoas são alvos de inquérito. Ao todo, oito ministros do presidente Michel Temer (PMDB) foram citados, além de 29 senadores e 42 deputados federais.
De Pernambuco, sete nomes estão na lista, sendo dois senadores - Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Humberto Costa (PT); dois deputados federais - Betinho Gomes (PSDB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho Vado da Farmácia. O ministro Bruno Araújo (Cidades) também é alvo. Os ex-presidentes Lula e Dilma não aparecem na relação porque não tem mais foro privilegiado.