Maia prevê maior apoio do PSDB em votação da reforma da Previdência

Maia não acredita que o racha no PSDB vá comprometer a votação da reforma da Previdência no plenário da Casa
Estadão Conteúdo
Publicado em 10/11/2017 às 15:10
Maia não acredita que o racha no PSDB vá comprometer a votação da reforma da Previdência no plenário da Casa Foto: Foto: ABr


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse não acreditar que o racha no PSDB vá comprometer a votação da reforma da Previdência no plenário da Casa. "Os deputados do PSDB, principalmente quem era contra o presidente Michel Temer e queria sair do governo, disseram durante a crise que eram a favor das reformas, independente de estar ou não no governo. Quando formos colocar a matéria a voto, tenho certeza que teremos a maioria do PSDB a favor", declarou Maia nesta sexta-feira (10).

Na quinta-feira, o senador Aécio Neves (MG) destituiu o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB e expôs a crise interna sem precedentes do partido. Usando prerrogativas do estatuto da legenda, Aécio, presidente licenciado do partido, indicou para o cargo o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que é o mais velho dos vice-presidentes da Executiva tucana. O partido ficou ainda mais dividido entre a ala governista e os que defendem a saída do partido do governo Michel Temer.

Novo texto da Previdência

Nesta sexta, Maia declarou que só o tempo vai dizer como as bancadas vão reagir ao novo texto que será apresentado pelo relator Arthur Maia (PPS-BA) e se será possível aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) até o fim deste ano. Maia lembrou que a reforma da Previdência é uma pauta sua e defendeu o fim dos privilégios. "Cada um (líder partidário) vai consultar suas bancadas para ver quais as condições para aprovar a reforma da Previdência", afirmou o deputado fluminense.

Maia voltou a cobrar que o Executivo esclareça o conteúdo da proposta para a população e disse que falta comunicação do governo porque as pessoas criticam a PEC sem saber do que se trata. "Quando as pessoas começam a ter a informação correta do que significa a reforma da Previdência, acho que a gente vai conseguir avançar. O problema é que o tempo é curto", observou.

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