Desde que assumiu o cargo, em 27 de janeiro, o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann aguarda a promessa do presidente Michel Temer de que haverá um remanejamento de recursos de outras áreas. Até então, como revelou ao O Globo, Jungmann não tem um direcionamento certo. "Sou um ministro sem equipe, sem dinheiro e sem teto. Não é fácil!", desabafou.
Ainda sem estrutura no ministério, Jungmann tenta agregar governadores e prefeitos e, agora, o setor privado. A proposta é conseguir financiamento dos maiores empresários do país para os projetos de segurança. Ainda segundo O Globo, o PIB nacional será convidado para uma reunião, em breve, com Temer no Palácio do Planalto para alinhar em um possível suporte à ação de redução do avanço do crime organizado.
"Temos várias coisas em estudo: primeiro, a proposta de criação de um fundo para receber doações dos empresários", apontou. Segundo ele, o fundo terá um conselho gestor para controlar a efetiva aplicação dos recursos. Como segundo passo, Jungmann acredita na necessidade de criar ''um cardápio de ações, programas e atividades a serem financiadas diretamente pelos empresários, sem que os recursos passem pelo setor público". Por fim, uma agenda legislativa para que o ministério possa contar com o apoio empresarial.