A Polícia Federal informou nesta terça-feira que não há nenhuma investigação, mas apenas coletas de informações preliminares, sobre o caso do possível uso como laranja por parte do PSL da candidatura de Maria de Lourdes à deputada federal nas eleições do ano passado. De acordo com a PF, posteriormente é possível que uma eventual solicitação à Justiça Eleitoral seja realizada e que, no momento, a candidata prestará informações como colaboradora, e não na condição de investigada.
Segundo informações obtidas pela Folha de S. Paulo, o grupo do segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados e atual presidente do PSL, Luciano Bivar, criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu R$ 400 mil de dinheiro público dias antes das eleições do ano passado. A Folha informou que Maria de Lourdes recebeu mais dinheiro que, o então candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro e a deputada federal Joice Hasselmann.
Maria de Lourdes recebeu apenas 274 votos e teve a verba enviada para a sua conta bancária quatro dias antes da eleição, no dia 4 de outubro. Segundo a Folha de S. Paulo, apenas Luciavo Bivar e o delegado Waldir receberam mais dinheiro público do partido que Paixão.
A candidata à deputada federal declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter gastado, dos R$ 400 mil repassados pelo partido, R$ 380 mil em uma gráfica em outubro de 2018. Uma equipe da Folha de S. Paulo visitou um endereço que consta na nota fiscal da gráfica Itapissu, localizada no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, mas encontrou uma oficina de carros, que segundo informações, funciona há quase um ano no local.
De acordo com informações repassadas por um funcionário da gráfica à equipe de reportagem da Folha, a empresa se mudou há pouco tempo do bairro do Arruda para a Avenida Santos Dummont, localizada no Rosarinho, também na Zona Norte do Recife. A prestação de contas da candidata sustenta que a verba foi gasta para a impressão de 9 milhões de santinhos e aproximadamente 1,7 milhões de adesivos. Maria de Lourdes disse à Folha que não se lembra do nome da gráfica contratada para a impressão do material e nem de quanto gastou. Também disse que não se recorda do nome do contador que aparece em sua prestação de contas.
Com relação ao fatos veiculados na imprensa sobre o comparecimento de uma candidata das Eleições 2018 para prestar esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco – INFORMAMOS que não existe nenhuma investigação em andamento sobre o caso na Polícia Federal, tão somente estão sendo coletadas informações preliminares acerca do caso a fim de subsidiar uma eventual solicitação à Justiça Eleitoral, para o início das investigações e delineamento de atribuição investigatória. Por fim a candidata apenas prestará informações sobre o caso na condição de colaboradora e não de investigada e que a Polícia Federal não se manifestará sobre qualquer informações relativa ao caso por não haver nenhum inquérito policial ou investigação em curso!