Cinquenta parlamentares estão inscritos para falar durante a audiência do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez nesta quarta-feira (27) na Comissão de Educação da Casa. Em dez minutos de discurso, o ministro provocou protestos da plateia, quando comparou o Brasil à Colômbia de 30 anos atrás.
"O que a Colômbia passou há 30 anos está passando o Brasil agora", disse o ministro, quando falou sobre a violência que estaria associada a drogas. "O Brasil está doente de uma doença chama crack, que está presente em 98% dos municípios", acrescentou, pouco depois de falar sobre segurança nas escolas e citar o atentado na cidade paulista de Suzano na Escola Estadual Professor Raul Brasil. Nove pessoas morreram na escola e 11 ficaram feridas quando dois jovens encapuzados entraram na instituição, desferindo golpes com machados e atirando em funcionários e alunos - os agressores se mataram na ação.
O ministro defendeu a necessidade de se fortalecer a segurança nas escolas e citou o depoimento de uma mãe que perdeu um dos filhos na tragédia. Segundo relato de Vélez, a mãe teria dito que, se houvesse um segurança na porta, a tragédia dificilmente teria ocorrido.
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) sugeriu que Vélez pedisse desculpas pela declaração feita à revista Veja de que brasileiros teriam "comportamento de canibais" em viagens ao exterior.