Ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro o Desenvolvimento Regional do Brasil, Gustavo Canuto, reforçou que acredita em novos desenvolvimentos para o Nordeste com a presença do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel). Segundo ele, a região é forte e tem potencial para receber investimentos. O evento aconteceu nesta sexta-feira (24), Instituto Ricardo Brennand, zona Oeste do Recife,
"Realmente eu acredito que possamos fazer com que essa região possa se desenvolver. A visão de um Nordeste sofrido tem que ficar para trás. O nordestino é forte. Temos que investir correto para que esse potencial seja destravado", disse.
Ainda de acordo com Canuto, o Nordeste faz parte do pensamento de desenvolvimento e que o Condel surgiu para adaptar políticas necessárias. "Não dá para pensar no desenvolvimento da nação sem pensar no desenvolvimento do Nordeste. Agradeço a presença do presidente. Condel foi pensado há muitos anos para pensar um Nordeste diferente e implementar politicas necessárias", acrescentou.
O encontro faz parte da agenda do presidente que começou no Recife, onde o capitão reformado participa da reunião do conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O colegiado fará a apresentação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste e do projeto de lei que o instituirá, a ser encaminhado ao Congresso Nacional.
Ainda na capital pernambucana, Bolsonaro se reúne com os governadores da região e de Minas Gerais e Espírito Santos, que também fazem parte da Sudene. À tarde, o presidente vai para Petrolina, onde entrega um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida. No fim da tarde, a previsão é que ele deixe o Nordeste e siga para o Rio de Janeiro.
O presidente se reuniu no Instituto Ricardo Brennand, complexo cultural da capital pernambucana, com 11 governadores. Todos da região estão presentes - Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Além deles, também foram convidados os governadores de Minas Gerais e Espírito Santo, abrangendo parte do Sudene. Parlamentares nordestinos, que cobravam a ida do presidente à região, também foram chamados.
Na primeira entrevista após assumir o cargo, Bolsonaro disse que os governadores nordestinos não deveriam pedir dinheiro a ele. "Não venham pedir nada para mim, porque não sou presidente. O presidente está lá em Curitiba", disse ele, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. Bolsonaro, porém, argumentou que não abriria uma guerra política para não prejudicar os eleitores. "Não posso fazer uma guerra com governador do Nordeste atrapalhando a população. O homem mais sofrido do Brasil está na Região Nordeste. Vamos mergulhar para resolver muitos problemas do Nordeste."
A viagem de Bolsonaro foi precedida de encontros com esses governadores. Em uma reunião recente em Brasília, ministros palacianos apelaram por mais apoio à reforma da Previdência. Argumentaram que, apesar das diferenças políticas, não era mais tempo de "palanque". Os governadores disseram entender a necessidade da reforma, mas cobraram proteção aos pobres do Nordeste.