Juíza substituta de Moro diz que também foi alvo de hacker

A invasão no aplicativo Telegram da juíza Gabriela Hardt teria ocorrido no mesmo período em que os aparelhos telefônicos de procuradores da República foram alvos de ataques cibernéticos
Estadão Conteúdo
Publicado em 12/06/2019 às 19:02
A invasão no aplicativo Telegram da juíza Gabriela Hardt teria ocorrido no mesmo período em que os aparelhos telefônicos de procuradores da República foram alvos de ataques cibernéticos Foto: Reprodução de vídeo/Ajufe


A juíza federal Gabriela Hardt, substituta do ex-juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato, também teve seu aplicativo Telegram invadido por hackers. A invasão teria ocorrido no mesmo período em que os aparelhos telefônicos de procuradores da República foram alvos de ataques cibernéticos criminosos.

Hardt impôs ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pena de 12 anos e 11 meses na ação envolvendo o sítio de Atibaia, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Trata-se da segunda condenação de Lula na Lava Jato em Curitiba.

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (12) Hardt confirmou a invasão e informou que "não verificou informações pessoais sensíveis que tenham sido expostas".

A invasão foi comunicada à Policia Federal que apura as invasões Hardt diz na nota que "entende que a invasão de aparelhos de autoridades públicas é um fato grave que atenta contra a segurança de Estado e merece das autoridades brasileiras uma resposta firme". Responsável por substituir Moro e o atual titular da 13.ª Vara Federal em Curitiba, Luiz Antônio Bonat, a magistrada afirmou esperar "que o Poder Judiciário, do qual faz parte, perceba tal gravidade e adote medidas firmes para repelir tais condutas".

Nesta quarta-feira, 12, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, solicitando a unificação da investigação em relação aos ataques cibernéticos criminosos. A Procuradoria-Geral da República afirma "considerar necessário adotar uma linha de investigação que possa esclarecer, além do modo de atuação criminoso, os motivos e eventuais contratantes de um ataque cibernético sistemático contra membros do MPF, principalmente aqueles que atuam nas Forças-Tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro e Curitiba".

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