O ex-presidente da República e atual senador pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS-AL), Fernando Collor de Mello, é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). As informações são do UOL.
Denominada "Arremate", a operação é realizada nesta sexta-feira (11), e recebeu aval positivo do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo da investida, de acordo com a PF, é "combater um esquema de lavagem de capitais por meio de compras de imóveis" em leilão judicial.
De acordo com os investigadores, Collor estaria envolvido em um esquema no arremate de imóveis nos anos de 2010,2011, 2012 e 2016. Segundo a PF, o político é suspeito de utilizar um "laranja" para "ocultar a sua participação como beneficiário final das operações". Os valores envolvidos no esquema chegariam a R$ 6 milhões, segundo as investigações.
"Essas compras serviriam para ocultar e dissimular a utilização de recursos de origem ilícita, bem como viabilizar a ocultação patrimonial dos bens e convertê-los em ativos lícitos", informou a PF.
Segundo as investigações, os valores do esquema girariam em torno de R$6 milhões. Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo STF nas cidades de Alagoas e Paraná.
Os crimes apurados, de acordo com a PF, são os de lavagem de ativos, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, falsificações e organização criminosa.
Fernando Collor foi o primeiro presidente do Brasil e da América Latina a sofrer um processo de impeachment, no dia 29 de setembro de 1992, que resultou no afastamento definitivo do cargo de presidente da república. O processo, antes de aprovado, fez com que Collor renunciasse ao cargo em 29 de dezembro de 1992, deixando o cargo para seu vice Itamar Franco.
Apesar da renúncia, o impeachment de Collor ainda foi votado por parlamentares, que decidiram que o então presidente não poderia evitar o processo de cassação pela apresentação tardia da carta de renúncia. Com o julgamento, Collor ficou inelegível por 8 anos.