Após dizer que pretendia 'implodir' o presidente Jair Bolsonaro, em áudio divulgado nesta quinta-feira (17), o líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (PSL-GO), recuou e afirmou que não tem nada contra o mandatário.
"O que o senhor tem para implodir o presidente?", perguntou um jornalista.
"Nada. É só questão de... É uma fala de emoção, né? Um momento de sentimento", respondeu o deputado.
Ao ser questionado se a crise no PSL passou, o líder respondeu o seguinte: "Nós somos Bolsonaro. Nós somos que nem mulher traída. Apanha, não é? Mas mesmo assim ela volta ao aconchego".
Declaração do Delegado Waldir (PSL-GO) foi gravada durante reunião interna da ala ligada ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE).
"Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele. Eu sou o cara mais fiel. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu andei no sol em 246 cidades para defender o nome desse vagabundo", afirma Waldir. Logo em seguida, alguém não identificado o alerta: "Cuidado com isso, Waldir."
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) admitiu ter gravado a reunião. De acordo com o parlamentar, o objetivo foi "blindar" Bolsonaro na guerra declarada contra o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).
"Era uma estratégia pensada. Eu, Carlos Jordy (PSL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF). Todo o grupo do Jair para gente poder blindar o presidente", afirmou Silveira.