Dilma ''corta'' fala de Eduardo aos operários em Suape

Primeira visita da presidente após rompimento político com o governador é marcado por saia justa e deixa clara tensão existente na relação entre PT e PSB
Do JC Online
Publicado em 17/12/2013 às 10:59
Foto: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Atualizada às 13h25

A visita da presidente Dilma Rousseff à Refinaria Abreu e Lima, na manhã desta terça-feira (17), começou com um fato no mínimo inusitado: a palavra não foi concedida ao governador Eduardo Campos, provável adversário politico da presidente nas eleições 2014.

Ao chegar ao local, a presidente fez um breve discurso para os operários, passou o microfone para Graça Foster (presidente da Petrobras), depois para Edson Lobão (ministro das Minas e Energia) e, antes que a palavra fosse dada ao governador, ela pegou o microfone e falou: "Eu agora vou descer para autografar as camisas e dar um abraço em vocês", disse aos operários. Sem poder falar, Eduardo ficou com cara de desconfiado, mas ensaiou sorrisos aos operários. O governador de Pernambuco ficou no palanque e Dilma desceu para o meio dos trabalhadores, na companhia do senador Armando Monteiro, pré-canditado ao Governo do Estado em 2014.

Os trabalhadores da refinaria foram liberados do trabalho para acompanhar a solenidade. Vários estavam com camisas e cartazes em apoio a Dilma. Nem a forte chuva foi capaz de afastar os fãs da presidente. Vários dão total apoio a Dilma numa futura disputa contra o governador. No discurso, a presidente falou "ter orgulho de ser pernambucana", apesar de ter nascido em Minas Gerais e frisou que veio à Suape primeiramente para cumprimentar os trabalhadores. "Nós voltamos a investir na Refinaria e estamos dando mais um passo para o Brasil ser um grande produtor e refinador. Essa refinaria que vocês construíram é a maior refinadora de diesel do país".

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