Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, o senador Fernando Bezerra Coelho rebateu o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) por seu artigo publicado no mesmo jornal no dia 28 de Dezembro. Sob o título “Jarbas Vasconcelos, uma vida movida pela ira”, o senador criticou duramente o peemedebista. Listando datas e acontecimento, Fernando transpareceu que a disputa pelo comando do partido tomou corpo pessoal. Anteriormente, Jarbas havia acusado o senador de adesista pelas diversas mudanças de partido e tentativa de tomar o PMDB de Pernambuco.
“Jarbas fala em contradições dos outros, quando sua biografia é marcada justamente por incoerências e traições. Chama a mim de adesista, mas aceitou meu apoio em 1990, quando meu pai foi seu candidato a vice-governador; em 2002, na disputa pela reeleição; e em 2014, quando foi eleito para a Câmara dos Deputados”. Bezerra complementa afirmando que ex-governador Eduardo Campos (PSB) foi o responsável por uma “sobrevida” política ao cacique peemedebista. “Todos sabemos que Jarbas Vasconcelos foi ressuscitado, com muito custo, pelo propósito de Eduardo Campos de construir uma unidade política. Lambeu as botas de Eduardo, como agora tenta fazer com o presidente Michel Temer, oferecendo apoio às reformas em troca de mais um fiapo de poder”,afirmou Fernando Bezerra.
Ao final do texto Fernando é mais incisivo e pessoal. Para ele, Jarbas é uma pessoa “ que destila amargor e ressentimentos”. “Um homem tomado pela soberba, imperador de uma casa vazia, que tenta segurar-se no comando de uma legenda para garantir mais alguns anos de cargos públicos. Um final melancólico para quem plantou ódio por toda uma vida”, afirma o senador.
Procurado pela reportagem Jarbas afirma que não irá se pronuncias sobre o artigo.
O conflito entre o Fernando e Jarbas se iniciou quando a Executiva nacional, através de Jucá, anunciou a intervenção no diretório pernambucano afim der destituir o vice-governador Raul Henry do comando estadual, abrindo espaço para o grupo de Fernando. Atualmente Jarbas e Henry obtiveram duas vitórias em primeira instância e duas em segunda instância. Em dezembro a executiva nacional mudou a sigla do partido para permitir a dissolução do diretório estadual.