Arco Metropolitano pode sair do papel

Durante visita ao Estado, presidente pode anunciar a obra, que é fundamental para melhorar a mobilidade no Grande Recife
Angela Belfort
Publicado em 17/12/2013 às 6:31
Durante visita ao Estado, presidente pode anunciar a obra, que é fundamental para melhorar a mobilidade no Grande Recife Foto: NE10


A visita da presidente Dilma Rousseff pode marcar o começo da licitação para a realização de uma obra fundamental para melhorar a mobilidade no Grande Recife: o Arco Metropolitano. Essa rodovia vai trazer melhorias para o simples cidadão que anda de ônibus até as empresas de logística. Também é de vital importância para um dos maiores empreendimentos que o Estado está recebendo: a fábrica da Fiat, em Goiana.

A unidade fabril da Fiat vai agregar mais 14 fábricas de autopartes. Esse polo automotivo deve receber, por dia, 40 carretas, 600 caminhões truck, 85 cegonhas de automóveis, 800 veículos leves e 180 ônibus, em três turnos. Serão 12 mil pessoas que frequentarão o local diariamente. A produção será de 250 mil veículos por ano. Uma parte desse aumento do tráfego vai ocorrer na já engarrafada BR-101, a principal ligação usada para ir de Suape ao Litoral Norte.

Para resolver o problema, o governo do Estado chegou a estudar a possibilidade de implementar o Arco Metropolitano numa Parceria Público-Privada (PPP), um tipo de concessão a ser explorada pela iniciativa privada. No entanto, isso penalizaria uma parte da população que teria que pagar pedágio. Diante desse impasse, a equipe da presidente Dilma anunciou, em março, que a obra seria incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e realizada com recursos federais. Também na época, foi informado ao JC que o edital de licitação seria publicado até o final deste ano.

Ainda que o Arco Metropolitano tenha se tornado uma obra 100% federal, o governador Eduardo Campos fez questão de frisar que o projeto “foi nosso governo que fez”. E apesar de listar obras que receberão injeção de recursos federais, o socialista não deixou de lado as alfinetadas econômicas.

Pegando carona na afirmação do presidente do Conselho de Administração da BRF, Abílio Diniz, – que inaugurou fábrica em Vitória de Santo Antão (leia mais em Economia) - de que “somos empresários, mas também gostamos de carinho”, Eduardo comentou que investimentos como os R$ 150 milhões que a multinacional brasileira servem de vitrine para o “ambiente de negócios de Pernambuco”.

“Dá certo vir para Pernambuco. É preciso ter clareza de planejamento para que a empresa tenha segurança no futuro. Clareza nas regras dos contratos e um ambiente para investir. Estratégia de desenvolvimento e diálogo com os agentes econômicos”, comentou.

Intervencionismo e regras constantemente alteradas são apontadas como principais falhas no início atribulado do programa de concessões de rodovias do governo federal, por exemplo.

TAGS
Dilma Rousseff Visita presidencial arco metropolitano
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory