O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) assegurou que o afastamento do PSB do governo federal e o seu projeto nacional não irá afetar a relação “cordial, fraterna e institucional” com a presidente Dilma Rousseff, que cumpre agenda nesta terça-feira em Ipojuca, município da Região Metropolitana do Recife (RMR).
“Ela será tratada como sempre foi: com muita atenção”, afirmou o governador Eduardo Campos, ao descartar ambiente de tensão entre ele e a presidente Dilma Rousseff, na sua primeira visita ao Estado depois da saída do PSB da base aliada do governo. “Estaremos no aeroporto para recebê-la, como sempre fizemos, para tratá-la com o respeito que sempre tivemos”, garantiu.
O socialista frisou que o respeito é “tanto pela pessoa da presidente em quem votamos”, assim como pela presidente de todos os brasileiros. “É próprio da nossa tradição”, ponderou Eduardo.
Indagado se terá um encontro privado com Dilma Rousseff, ele considerou “natural” que eles possam conversar um pouco.
Segundo Eduardo Campos, há a expectativa de que a presidente possa anunciar obras de mobilidade no Recife e na região metropolitana.
PESQUISAS
O governador evitou comentar a pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o JC, que revelou que 49,4% dos recifense sinalizam desejo de mudança nas políticas exercidas pelo governo do Estado. Ele, que afirmou não ter visto o estudo, voltou a ressaltar a leitura que faz dos números relativos à sucessão presidencial. “Há um desejo de mudança no Brasil que é de 66%, médio. Mas há regiões e têm faixas etárias no País que dá mais de 80%. E essas regiões e essas faixas etárias são maioria no colégio eleitoral brasileiro”, disse, em referência à presidente Dilma Rousseff.
Sobre a última avaliação do CNI/Ibope, que coloca o seu governo como segundo mais aprovado no Brasil, Eduardo Campos afirmou que as pesquisas têm sido muito positivas. “Têm nos animado bastante”, despistou o socialista.