Falta não justificada por Pedro Corrêa pode gerar punição

A ausência não justificada pelo ex-deputado no primeiro dia de trabalho pode gerar algumas sanções trabalhistas, como o desconto no salário
Jumariana Oliveira
Publicado em 30/04/2014 às 6:48
A ausência não justificada pelo ex-deputado no primeiro dia de trabalho pode gerar algumas sanções trabalhistas, como o desconto no salário Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


A falta não justificada ao emprego pode gerar descontos na folha de pagamento do trabalhador e até punições mais rígidas, conforme prevê a legislação brasileira. Professora de direito do trabalho na Faculdade Guararapes, Schamakypou Bezerra destaca que não apenas o dia sem justificativa pode ser descontado, mas também o repouso remunerado. Nesse caso, o trabalhador teria dois dias da semana de trabalho abatidos no seu salário.

Em Garanhuns, Pedro Corrêa vai atuar como médico radiologista e receberá três salários mínimos para trabalhar de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, e aos sábados das 8h às 12h. A professora lembrou que o desconto no salário do funcionário fica a critério do empregador, que pode decidir ou não pela punição. “Pode ter penas disciplinares, como advertências e se não houver assiduidade (do empregado), pode haver uma suspensão e até uma justa causa”, explica a especialista. A clínica Armando Queiroz Monteiro, onde Pedro Corrêa vai trabalhar, não emite posição sobre o caso. 

Se o trabalhador justificar a falta alegando as razões previstas no artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o dia é abonado. No artigo, apenas a morte de parentes, doação de sangue, caso de doença, alistamento militar, casamento ou nascimento de filhos podem ser apresentados como justificativas. Enquanto não volta a trabalhar como médico, Pedro Corrêa passa pelo processo de ressocialização internamente. No presídio de Canhotinho, o ex-deputado costuma ajudar nas atividades realizadas na unidade prisional. Ele tem auxiliado na criação de animais e, sempre que necessário, repassado informações sobre o uso de medicações. 

No local, são feitas diversas atividades para a ressocialização dos presos, como a produção de jeans, apicultura e piscicultura, além da plantação de frutas e verduras, que é utilizada para consumo interno e doada para abrigos e creches da cidade. O Centro de Ressocialização do Agreste conta com mais de 1.100 presos atualmente. Pelo menos 200 deles estão na área reservada para os concessionados.

TAGS
Pedro Correa falta trabalho mensalão
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory