O governador Paulo Câmara (PSB) chegou nessa quinta-feira (2) ao Centro de Convenções, em Olinda, para a abertura da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) na companhia das principais lideranças nacionais de seu partido e da senadora Marta Suplicy, que deixou o PT e está em negociações com os socialistas. Antes de abrir oficialmente o evento (veja vídeo abaixo), ele afirmou que agosto é o limite para que a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), sem comando desde abril, tenha um novo presidente.
“Temos o desafio de fazer com que a Arpe cumpra seus objetivos e tudo o que ela aprimourou nos últimos anos. Já conversei com as pessoas para a montagem de uma equipe forte, que acompanhe a regulação dos serviços públicos que precisam ser devidamente acompanhados. Demoramos, mas vamos tirar o atraso”, declarou.
Paulo afirmou que tudo indica que o novo presidente da Arpe será o atual prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB). “Ele está conversando com a gente. Só teremos essas etapas concretizadas em agosto, na volta do recesso (da Assembleia Legislativa)”, disse, sem querer confirmar de fato o correligionário no posto.
Por telefone, Ettore já falou como presidente da Arpe. “Está tudo certo. Agora é aguardar o procedimento. O governo vai mandar uma mensagem para a Assembleia, serei sabatinado pela Comissão de Justiça, depois haverá uma votação em plenário. Será concluído em agosto. Passerei o mês de julho estudando a agência”, reforçou, indicando que nesse período irá passar a prefeitura para o vice Gino Albanez (PSB).
Nos bastidores, a aposta é de que Ettore também atuará na articulação política do governo. Paulo negou que o futuro presidente da Arpe terá essa função, mas o prefeito garantiu que estará pronto para ajudá-lo nesse sentido. “O articulador é Antônio Figueira (secretário da Casa Civil), mas é claro que não vou deixar de ajudar se for chamado. O que não há é o compromisso de ficar coordenando nada de articulação política, mas o governador sabe que tem a mim se precisar”, falou.
AJUSTES - Na tentativa de melhorar os gastos com a máquina pública e impedir irregularidades, o governo está intensificando uma espécie de auditoria nos órgãos e secretarias a fim de identificar contratos que não podem ser prorrogados ou que estão com algum tipo de desconformidade legal.
A “lupa” governista está voltada sobretudo para os contratos de prestação de serviçose por conta da fiscalização já houve demissões na Fundarpe. “A gente está ajustando a máquina. Esses ajustes são naturais e vão continuar acontecendo”, destacou Paulo.
Por sua vez, a assessoria da Fundarpe informou que as medidas não prejudicarão as ações do órgão a exemplo da realização de projetos como o Festival de Inverno de Garanhuns. O evento ocorrerá de 16 a 25 deste mês.