Após deixar Copergás, Aldo Guedes aguarda justificativa de inclusão na Politeia

Aldo Guedes presidia a Copergás desde 2007 e já foi coordenador de captação de recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia
Franco Benites e Paulo Veras
Publicado em 16/07/2015 às 2:00
Aldo Guedes presidia a Copergás desde 2007 e já foi coordenador de captação de recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia Foto: Foto: JC Imagem


O presidente afastado da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), Aldo Guedes Álvaro, deve ter acesso nesta quinta-feira (16) à justificativa do Ministério Público Federal para pedir os mandados de busca e apreensão na casa e em uma empresa dele durante a Operação Politeia, da Polícia Federal, desencadeada a partir de inquéritos da Lava Jato.

“Queremos saber o que motivou a inclusão dele no inquérito. Aldo ocupa um cargo importante no governo e era muito amigo de Eduardo. Ele pode ter sido citado em alguma passagem das delações”, explicou o advogado Ademar Rigueira, que atua na defesa do empresário.

O acesso a parte dos autos dos processos que correm em sergredo de Justiça foi autorizado nessa quarta (15) pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Aldo Guedes pediu afastamento do cargo no Governo do Estado há dois após a ação da PF, que apreendeu um celular e um tablet da família dele e livros contábeis da empresa Jacarandá Negócios.

Nos próximos dias, o Conselho de Administração da Copergás deve se reunir para oficializar o afastamento de Aldo e formalizar o nome que vai assumir interinamente. O governador Paulo Câmara (PSB) deve indicar o secretário de Desenvolvimento Econômico Thiago Norões.

Aldo Guedes era amigo de longa data do ex-governador Eduardo Campos e a esposa dele, Patrícia Guedes, é prima da ex-primeira-dama Renata Campos. Em 2000, Aldo e Eduardo se tornaram sócios na Fazenda Esperança, situada em uma área de aproximadamente 80 hectares no município de Brejão (Agreste). A propriedade foi avaliada por Campos em R$ 63 mil, na sua última declaração de bens à Justiça Eleitoral.

Em 2004, quando virou ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo nomeou o sócio como coordenador-geral nacional e internacional de captação de recursos da pasta. Três anos depois, ao virar governador, Campos indicou Aldo para a presidência da Copergás.

PSB-PE - Um dia após a Polícia Federal realizar uma operação de busca e apreensão na residência do senador Fernando Bezerra Coelho, o PSB de Pernambuco divulgou uma nota em defesa do seu filiado. O documento, assinado pelo presidente estadual do partido, Sileno Guedes, afirma que o senador tem uma “vida pública pautada pela correção e com grandes serviços prestados ao estado de Pernambuco e ao Brasil”.

Também na nota, a direção estadual do PSB presta solidariedade a Aldo Guedes. Sileno classifica Aldo como “militante” e afirma que ele sempre agiu com retidão na Copergás.

TAGS
Operação lava Jato copergás aldo guedes
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory