A CUT, junto com outras centrais trabalhistas, finaliza uma carta para entregar ao governador Paulo Câmara (PSB). A intenção é pressionar o socialista que afirmou que seguiria a orientação da Executiva nacional da legenda. Paulo é vice-presidente nacional do PSB e a sigla defende o afastamento de Dilma. O objetivo é viabilizar um encontro com o governador, mas, caso o pedido não seja atendido, o presidente da CUT, Carlos Veras, afirma que os movimentos sairão em caminhada até o Palácio do Campo das Princesas.
Sobre o conteúdo, Veras afirmou que a carta está sendo finalizada. Em linhas gerais, ele adiantou que o grupo pede serenidade e respeito à história do povo nordestino e pernambucano. “Respeito à história de Miguel Arraes de Alencar, à história do partido. Não pode ficar nessa postura contraditória e vergonhosa que está conivente com o golpe”, criticou.
Segundo ele, Paulo mudou de postura ao longo do processo. Inicialmente, o PSB estava em cima do muro quanto ao afastamento de Dilma, mas na última segunda a legenda definiu-se pelo impeachment. “Então vamos fazer uma cobrança pública para que ele mude de posição ou volte a sua posição originária”, disse o presidente da CUT.
“Ele está no mesmo palácio que foi tão honrado pela coragem e altivez do Doutor Arraes, que recusou-se a renunciar e botou vice no lugar dele”, observou Bruno Ribeiro, presidente do PT. O PSB rompeu com o governo Dilma em setembro de 2013, ainda no primeiro mandato, na época em que o ex-governador Eduardo Campos concorreu à Presidência da República.