Os advogados do empresário Eduardo Freire Bezerra Leite, detido na Operação Turbulência, entraram nesta quarta (29) com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5ª). O caso, diferente de Apolo Santana Vieira, corre em segredo de justiça.
O desembargador Ivan Lira de Carvalho deve emitir a decisão de liberação ou não de Apolo nesta quinta (30). O magistrado recebeu nesta quarta (29) as informações solicitadas ao Ministério Público Federal (MPF) e à Justiça Federal. A decisão deve ser julgada em caráter liminar e o mérito será observado na reunião da 2ª Turma do TRF5ª, do qual o magistrado faz parte, na próxima terça-feira (5).
Caso o envolvimento de Eduardo Leite no caso seja apontado como o mesmo de Apolo, o desembargador poderá julgar os dois habeas corpus simultaneamente, sem a necssidade de pedir informações complementares aos demais órgãos do Judiciário, como foi feito com Apolo.
Eduardo Freire Bezerra Leite é proprietário da Cerâmica Camboa. Ele foi apontado pela Polícia Federal como uma dos empresários que teria emprestado dinheiro a João Carlos Lyra, também detido na operação, para que ele pagasse prestações atrasadas do jato usado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) na campanha presidencial de 2014. A aeronave é a mesma do acidente fatal do socialista. Bezerra Leite seria um dos que encabeçava a organização criminosa de desvio de recursos de obras públicas, como a Petrobras e a Transposição, para as campanhas de Eduardo em 2010 e 2014.
Já Apolo Santana Vieira é dono de uma importadora de pneus em Jaboatão dos Guararapes. Em 2009, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento em uma fraude de importação que teria causado R$ 100 milhões em prejuízo à Receita Federal.
Contiuam detidos no Cotel João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Arthur Roberto Lapa Rosal.