O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto nesta quinta-feira (19) em acidente aéreo junto com outras quatro pessoas, em Paraty, no Rio de Janeiro, além de ser o relator da Lava Jato, ele também estava à frente da investigação de uma suposta participação do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Julio, ambos do PSB, em ilicitudes no superfaturamento da Arena de Pernambuco. As informações vieram à tona pela revista IstoÉ, em novembro do ano passado.
À época, os nomes dos socialistas vieram à tona após a revista IstoÉ ter acesso a documentos despachados pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Segundo a publicação, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) e o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) também são citados.
À reportagem, Paulo Câmara, Geraldo Julio e Tadeu Alencar negam o superfaturamento na construção da Arena.
O caso é proveniente da Operação Fairplay, deflagrada no ano passado pela Polícia Federal em Pernambuco, mas foi tratado no Supremo como mais um desdobramento da Lava Jato. Os investigadores constataram indícios do envolvimento de autoridades com foro privilegiado. Por isso, remeteram em agosto o material ao STF.
Segundo informações da publicação, Paulo Câmara tem foro privilegiado, mas o caso está sendo analisado no STF por conta da presença de um senador e um deputado federal. O procurador-geral da República pediu a manutenção de uma única investigação sobre os quatro políticos no Supremo e o desmembramento à primeira instância para apurar envolvimento de empresários.
O caso, então, estava sob a relatoria do ministro Teori Zavascki, no STF, e a cargo da Justiça Federal de Pernambuco, que estava apurando o envolvmento de empresários no esquema. No supremo, tudo segue em sigilo.