O ministro das Cidades, deputado federal por Pernambuco Bruno Araújo (PSDB), usou o e-mail institucional da pasta para se defender das acusações presentes nas delações de ex-executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato. Na mensagem enviada à imprensa no início da noite desta quinta-feira (13/04), alega que os áudios e vídeos “mostram uma dissociação” em relação ao que lhe foi imputado e os fatos relatados, “descaracterizando qualquer tipo de ilação à corrupção”.
Lembra que João Pacífico informa desconhecer atuação parlamentar dele em favor da construtora e que está convicto no devido esclarecimento dos fatos.
Numa primeira nota, o ministro reconheceu que pediu doações para diversas empresas, inclusive a Odebrecht, mas como permitia o sistema democrático vigente na época.
Bruno Araújo assumiu o Ministério das Cidades no governo Michel Temer (PMDB) e é cotado como pré-candidato ao governo de Pernambuco nas próximas eleições de 2018.
Nota Oficial
De posse do conteúdo audiovisual das delações vinculadas ao Inquérito 4.391 do Supremo Tribunal Federal, é necessário pontuar algumas questões:
1.Os áudios e os vídeos dos delatores mostram uma dissociação em relação ao que me foi imputado e os fatos relatados. Com absoluta clareza, fui citado apenas em atividades inerentes à atuação parlamentar, como a marcação de uma audiência ou em “conversas” sobre temas que beneficiavam a minha região, Nordeste do Brasil;
2.Cláudio Melo Filho foi claro ao afirmar que a minha relação com a empresa era puramente institucional, sem qualquer contrapartida, descaracterizando qualquer tipo de ilação à corrupção. Da mesma forma, João Antônio Pacífico Ferreira informa que desconhece qualquer atuação parlamentar minha a favor da empresa em questão;
3.Por último, o sentimento é ainda de surpresa com as imputações que me foram feitas. Mas, diante do que está exposto, tenho convicção de que tudo ficará devidamente esclarecido.
Bruno Araújo
Ministro das Cidades