Oposição convida Márcio Stefanni para discutir ações na Mata Sul

Silvio Costa Filho vai protocolar nesta terça (14) requerimento convidando secretário de Planejamento para detalhar cronograma da Operação Prontidão
Editoria de Política
Publicado em 14/11/2017 às 9:45
Silvio Costa Filho vai protocolar nesta terça (14) requerimento convidando secretário de Planejamento para detalhar cronograma da Operação Prontidão Foto: Roberto Soares / Alepe


Atualizada às 12h24

O líder da bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) irá protocolar nesta terça-feira (14) um requerimento na Comissão de Administração Pública convidando o secretário de Planejamento de Gestão, Márcio Stefanni, para detalhar o cronograma de ações da Operação Prontidão. Iniciada no mês de junho de 2017, a operação promoveu ações de recuperação os municípios da Zona da Mata Sul atingidos pelas enchentes. 

A Operação Torrentes, deflagrada pela Polícia Federal em Pernambuco em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) na última quinta-feira (9), busca desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos e corrupção de servidores públicos da Casa Militar nas operações Reconstrução (2010) e Prontidão. 

“Não tenho dúvidas de que a Justiça cumprirá seu papel, mas é importante que a população não seja prejudicada pelas investigações. Com todo esse núcleo duro detido, como ficam as ações que estavam em curso? O dinheiro vai ser suspenso? Os programas param? São alguns dos questionamentos que precisam ser esclarecidos aos pernambucanos”, questionou Silvio Costa Filho. 

A oposição também citou obras que estavam no planejamento da Operação Reconstrução, que ainda não foram cumpridas, como os habitacionais São Sebastião 1 e 2, no município de Maraial. Em 2010, foram 12.131 mil casas entregues do total de 14.136 destruídas, 71 pontes recuperadas das 142 danificadas, além de 29 escolas. “É preciso resgatar o que aconteceu e o que ainda falta acontecer. Infelizmente tivemos três gestores da Casa Militar, que continuam gestores, detidos por causa de suspeitas de irregularidades. E depois da prisão provisória eles vão voltar aos seus gabinetes? Essa é uma das perguntas que precisam ser respondidas”, afirmou a deputada estadual Priscila Krause. 

Nessa segunda-feira (13), o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para prorrogação das prisões temporárias foi negado pela juíza Carolina Souza Malta, da 36ª Vara Federal. Sendo assim, o secretário-executivo de Defesa Civil, coronel Fábio de Alcântara Rosendo e o coordenador administrativo da Casa Militar em 2010 e atual gerente geral de Esportes e Lazer de Pernambuco, Roberto Gomes de Melo Filho,  devem ser liberados nesta terça (14). A prisão domiciliar do tenente-coronel Laurinaldo Félix do Nascimento, que estava com uma tornozeleira eletrônica, também chega ao fim. Já o coronel Waldemir José Vaconcelos de Araújo, secretário-executivo de Defesa Civil em 2010, recebeu o habeas corpus desde o sábado (11). 

O Governo de Pernambuco nomeou um novo secretário-executivo de Defesa Civil para a Casa Militar. O tenente-coronel Luiz Augusto de Oliveira França substitui Fábio Alcântara Rosendo. A nomeação foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (14).

2017

O deputado Edilson Silva (PSOL), ressaltou a importância da presunção de inocência dos investigados, mas também sobre a gravidade dos indícios de práticas irregulares. “As empresas que foram utilizadas para fornecer serviços e materiais para a Operação Reconstrução estão praticamente todas fechadas. Empresas que prestaram serviços com valores vultuosos. Nesta operação, a Polícia Federal afirma que o modus operandi de 2010 continua em 2017”, contou o oposicionista. Segundo a PF, há suspeita de que houve desvio de verbas para vítimas de enchentes das chuvas de maio deste ano na Operação Prontidão. 

Stefanni

No dia em que a Operação Torrentes foi deflagrada, o secretário estadual de Planejamento, Márcio Stefanni, afirmou em entrevista à Rádio Jornal, que o governo de Pernambuco tem orgulho do trabalho realizado na região. Segundo Stefanni, as pessoas que moram na Mata Sul vivem melhor hoje do que antes de 2010. Ele lembrou a conclusão da barragem de Serro Azul e defendeu que as outras quatro obras contra enchentes prometidas em 2010 não foram concluídas porque a União não repassou os recursos que haviam sido previamente acordados.

A assessoria da Secretaria de Planejamento e Gestão informou que ainda o secretário ainda não foi notificado, mas que ele está sempre disposto a prestar esclarecimentos e deve comparecer à Alepe. 

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