'Apelo para que ele me ajude', diz Ciro após almoço com Paulo Câmara

Com informações da repórter Mariana Araújo

Em busca de apoio do PSB para concorrer à Presidência, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) almoçou, nesta terça-feira (23), com o governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas e disse que uma aliança com os socialistas seria benéfica para o futuro do País. "Conversamos sobre todas as questões de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil. O governador tem suas responsabilidades e eu renovo o apelo para que ele possa me ajudar a montar uma alternativa para o País", disse. "Ele ouviu com muito carinho", completou.

No PSB existe uma ala que defende uma candidatura própria, mas que já perdeu força, e outra que estuda apoio a um nome de outra sigla, há socialistas a favor da imparcialidade do partido nas eleições presidenciais. "O PSB está num processo interessante de refundação, de se reconciliar com seus valores históricos, partido que tem 70 anos, larga perdeu um de seus maiores quadros. Eles estão conversando, é preciso ter paciência e tenho toda a paciência do mundo. Eu disse que se se o PSB se reunir com o PDT nós damos ao pensamento progressista brasileira uma alternativa muito generosa para o futuro do nosso País", comentou Ciro Gomes.

Após o encontro, Paulo elogiou o pedetista, mas reforçou que as alianças serão definidas mais à frente. "A gente teve a oportunidade de, mais uma vez, conversar com o Ciro Gomes, que é um quadro nacional de respeito, que já disputou eleições presidenciais, que tem uma folha de serviços prestados tanto ao Estado do Ceará quanto ao Brasil", disse. "Ciro conversa sobre todos os temas com muita propriedade, com muito espírito público, com um olhar para o Brasil como um todo", completou.

Em 2010, Ciro tentou ser candidato à presidência pelo PSB, mas a pré-candidatura foi abortada pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, na época presidente nacional da sigla, que apoiou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ciro Gomes foi filiado ao PSB entre 2005 e 2013. Ele deixou o partido após o rompimento da sigla com Dilma para que Eduardo pudesse concorrer ao Planalto. Se for confirmado como o candidato do PDT, esta será a terceira participação de Ciro na disputa presidencial. Nos anos de 1998 e 2002, ele foi lançado à presidência pelo PPS.