Convidado para assumir a liderança do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Senado Federal, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) afirmou que está apenas esperando uma definição do capitão reformado, que, ainda segundo ele, deverá acontecer até a próxima segunda-feira (18). A informação foi dada na manhã desta sexta-feira (15) à Rádio Jornal, no programa Passando a Limpo.
"O Eduardo Braga disse que teve como senador Davi Alcolumbre (DEM) e o ministro Onyx e me contou que o presidente disse que tomará uma decisão ate a próxima segunda-feira. É preciso que esses espaços já estejam definidos e por isso estamos ainda esperando uma definição até segunda", afirmou FBC.
Ainda segundo o pernambucano, o seu nome para o cargo, entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre e o líder do MDB na Casa, Eduardo Braga, foram vistos "com bons olhos".
Com relação de como o processo de convite a assumir a liderança se deu, FBC contou que não queria colocar o 'carro na frente dos bois', mas salientou que quem assumir o cargo será o representante do 'presidente no Senado'.
Ao fim do debate, FBC não quis comentar sobre a coluna do jornalista Guilherme Amado, da Revista Época que apontou que o ministro da Justiça Sergio Moro pediu pela não nomeação do senador pernambucano.
O ex-juiz da Lava Jato tenta convencer, segundo a publicação, o Palácio do Planalto a não nomear o senador para a liderança do governo na Casa Alta. FBC possui, contudo, o apoio do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Havia a expectativa de que fosse realizada uma reunião entre Bezerra Coelho e Lorenzoni nessa segunda-feira (11), o que não ocorreu. Com a alta de Bolsonaro nesta quarta (13), a definição do posto de líder pode ocorrer nesta semana.
Reforçando a força do seu partido no Senado, Fernando Bezerra Coelho ainda afirmou que o MDB conseguiu formar o maior bloco da Casa e que a liderança do governo poderá vir ser um senador de outro partido.
"Eu acredito que a indicação também pode vir fora do MDB. Muitos senadores querem o cargo de ser interlocutor do governo no Senado. O MDB conseguiu formar o maior bloco formado, somos o bloco da maioria. Esse posto se líder do Senado seria a interlocução do governo com o Senado. Não podemos esquecer isso", explicou.
Quando questionado sobre qual era a sua visão sobre o início do governo de Bolsonaro, FBC afirmou que ele (governo) está sendo prejudicado neste começo por causa da ausência do presidente em assuntos políticos.
"Eu acho agora que com a recuperação do presidente ele estará melhorando essa área da coordenação politica, com mais unidade e encarar essas questões mais importantes que eu acho que são as agendas das reformas. Os problemas que estão sendo criados nesse início governo não estão nem sendo criados pela oposição. É preciso arrumar isso aí", disse o senador.
Fernando Bezerra Coelho ainda elogiou as agendas e ações do governo com relação a economia e a presença dos militares. Com isso, enfatizou que era ainda mais necessário uma ligação 'experiente' entre o Senado e o governo.