Apoiadora de Lula, Marília Arraes diz que STF resgata sua posição histórica

Deputada Marília Arraes comemorou decisão do STF que acaba com prisão em segunda instância
Leonardo Spinelli
Publicado em 07/11/2019 às 23:46
Marília foi definida pelo diretório nacional do PT como candidata à prefeitura do Recife Foto: Foto: Ashlley Melo/Acervo JC Imagem


A vice-líder do PT na Câmara, a deputada federa Marília Arraes (PE) comentou na noite desta quinta-feira a decisão do STF que derruba a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, medida considerada um dos pilares da Operação Lava Jato. A decisão poderá soltar Lula, preso desde 7 de abril de 2018. A defesa do ex-presidente entrará com um pedido de soltura nesta sexta-feira (8).

“A gente vê que o STF está resgatando a posição histórica de resguardar a Constituição, e até de enfrentar interesses do governo. Aconteceu no governo militar e agora o STF faz cumprir a Constituição, mantendo o entendimento de prisão só após o processo ter transitado em julgado.” 

Marília disse que não tem previsão de ir a Curitiba, onde os petistas já planejam uma grande festa para o momento em que Lula sair da carceragem da PF, onde está preso há mais de um ano. “Estou aguardando a orientação da bancada. Não é um resultado que vai surtir efeito automaticamente. Vamos esperar quais serão os próximos passos.” 

 

LAWFARE

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai apresentar pedido de imediata soltura ainda nesta sexta-feira (8), mas a deputada está cética com relação ao tempo para a efetiva saída do ex-presidente da prisão. “A gente não sabe a resposta do lado de lá. Está claro que Lula é preso político e a Justiça não é imparcial, estamos diante de uma lawfare (uso estratégico do Direito para fins de perseguição política). A gente não sabe qual será a resposta dos adversários que usam a Justiça para enfraquecer a própria Justiça”, disse. 

A deputada também disse que não tem como prever se Lula poderia participar de sua festa que acontecerá no próximo final de semana no Recife, o Festival Lula Livre. “Não tem como prever, até porque caso a gente consiga a liberdade o mais rápido possível, não sabemos  quais serão as tarefas e as prioridades dele”, afirmou.

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