Fachada do TJPE. Foto: Renato Spencer/ Acervo JC Imagem
Na montanha-russa do PMDB estadual na Justiça, a liminar proferida por Eduardo Canto, desembargador substituto do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), gerou dura reação do comando nacional do PMDB contra o próprio judiciário. O PMDB nacional, presidido por Romero Jucá (RO), botou no papel insinuações até então de bastidores, na briga entre os grupos do deputado federal Jarbas Vasconcelos e do senador Fernando Bezerra Coelho: de que poderia haver dois pesos e duas medidas na condução do caso, dentro do TJPE.
É uma peleja de poderosos. O prêmio é um valioso partido, pelo tempo de TV e tamanho do fundo eleitoral. Antevendo a tensão com o TJPE, em 4 de janeiro o senador fez uma “visita de cortesia” ao presidente da Corte, desembargador Leopoldo Raposo. O senador dizia esperar que o caso fosse resolvido ainda neste mês de janeiro.
Na nota, a sigla identifica o magistrado que travou de novo a dissolução do PMDB-PE, antes de dizer chamar a decisão de “inusitada” e “aparentemente tendenciosa”. O grupo do senador já insinuava, em reserva, que poderia haver pressão política no TJPE. Agora, as insinuações estão todas no papel.