Pazuello mudava de opinião de acordo com a vontade de Bolsonaro. Acertava medidas com os governadores e depois desfazia tudo. Quando disse que compraria vacinas do Butantan, foi desmentido pelo presidente e aceitou, afirmando que um manda e o outro obedece.
Quando foi demitido, disse que estava indo tudo bem, mas "só caiu por pressão política". Isso com 300 mil mortos e sem vacinas.
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Salto no tempo, assume Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde.
Queiroga correu para conversar com o Congresso, correu para falar com prefeitos e governadores, pediu ajuda a empresários, pediu ajuda à direção da Pfizer para adiantarem doses de vacina, correu para falar com os EUA e tentar uma permuta por mais doses de vacina, enquanto correu para a imprensa tentando fazer com que as pessoas usem máscaras nas ruas.
Articulação política, articulação empresarial, parcerias internacionais, máscaras e vacinas. Mais básico do que isso, difícil.
Mas, a urgência com a qual o básico está sendo feito agora, entrega Eduardo Pazuello, o tal general especialista em logística cuja única qualidade que o fez assumir o cargo, pelo visto, foi ser obediente ao presidente e ter pouca fibra autônoma em seu caráter.
Que bom que a urgência finalmente bateu à porta do ministério, apesar dos mais de 300 mil mortos depois.