Servidores públicos municipais foram para a frente da Câmara Municipal protestar por causa da reforma na Previdência do Recife e o alvo é João Campos (PSB), teve direito a interromper trânsito, queimar pneus, boa parte do cardápio de protestos que os gestores enfrentam.
Foi a primeira vez do atual prefeito que assumiu em janeiro e conseguiu completar quase seis meses em paz.
E o pior é que a ação que provocou o protesto foi tomada por causa de Geraldo Julio (PSB), o ex-prefeito.
Os representantes dos servidores estão indignados com as mudanças na aposentadoria. As mudanças foram anunciadas há alguns dias e, apesar de Campos dizer que foi por causa do governo Federal, a verdade é que a prefeitura só preciso aderir ao texto aprovado na reforma da Previdência, de 2019, porque o ex-prefeito usou dinheiro e deixou um débito no Reciprev.
Fernando Castilho, colunista de Economia do JC, trouxe a informação de que, em janeiro, a atual secretária de Finanças da PCR, Maíra Fischer, precisou assinar uma confissão de débito se comprometendo a pagar 60 prestações de R$ 916 mil da administração de Geraldo Julio, com o fundo municipal.
Geraldo, que hoje é secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, deixou um buraco de quase R$ 55 milhões nas contas.
Os servidores têm razão, ao menos, sobre a reclamação de que vão demorar mais e receber menos na aposentadoria.
O problema é que se não fizesse isso, João Campos não poderia receber investimentos por empréstimo.
Num primeiro mandato, com a responsabilidade de comandar uma renovação do PSB, ficar sem dinheiro para mostrar algum trabalho não é uma opção para o prefeito.