Recentemente, Bolsonaro teria tido um conversa com José Luiz Datena.
O presidente fez duas perguntas: a primeira, se ele seria candidato em 2022. O apresentador de TV afirmou que "sim".
A segunda, se seria candidato a presidente, Datena disse que "não sabia".
Bolsonaro ficou incomodado. E tem motivos para estar. Caso seja candidato a presidente, o jogo político se transforma completamente.
A candidatura dele à presidência mexe com todas as outras candidaturas, da esquerda à direita, mas Bolsonaro seria o prejudicado mais direto.
Ao se filiar ao PSL, o apresentador aceitou que seu nome fosse "vendido" para ser presidente, mas colocou uma condição: acertou desde já que, se em alguns meses resolver ser candidato a governador de SP, ou senador, o partido irá apoiá-lo do mesmo jeito.
O deputado pernambucano Luciano Bivar, que preside a sigla, aceitou.
Se for candidato a presidente, assume uma posição à direita e terá dinheiro e tempo de propaganda para competir diretamente com Lula (PT). Bolsonaro fica como uma terceira força nesse âmbito.
Na atração do eleitor, Datena pode se transformar num agregador de votos. É um outsider, criou fama e fortuna apontando o dedo para bandidos em programas de TV, logo será visto como alguém honesto. Ele também tem contato com grandes empresários no país.
Pra completar, é conhecido no chamado "Brasil profundo", onde figuras como João Doria não conseguem penetrar.
É bom observar as próximas pesquisas para entender, mas a tendência é que o impacto da entrada do apresentador seja considerável.