Após Miguel Coelho (DEM) resolver sua vida partidária, definindo-se pelo DEM e saindo do MDB, tanto ele quanto Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra (PSDB) mergulharam e sumiram um pouco do cenário pré-eleitoral.
Cada um está resolvendo seus problemas antes de continuar a construção de palanques para a oposição e, principalmente, voltar a apresentar suas armas para ficar na cabeça da chapa que deve enfrentar o PSB em 2022.
Miguel precisa administrar seu próprio grupo dentro do novo partido que já está mudando pela fusão com o PSL. Como alguns prefeitos do MDB devem segui-lo, é preciso organizar essas forças e encaixá-los da melhor forma em cada cidade.
Não é algo fácil de resolver, porque cada cidade tem uma dinâmica partidária diferente e rivalidades que não obedecem a lógica do estado, por exemplo.
Além disso, a fusão com o PSL deixou o quebra-cabeças ainda mais difícil de ser resolvido.
Anderson Ferreira está tentando organizar a chapa de deputados do partido. Há informações de que o irmão dele, o deputado federal Anderson Ferreira (PSC), poderia mudar de partido, indo para o PL de Anderson já que, sem coligações, o grupo estar em dois partidos pode acabar atrapalhando ao invés de ajudar.
Já Raquel Lyra, além de organizar a chapa do PSDB no estado, aguarda definição sobre a candidatura nacional. Dependendo de quem ganhar a disputa interna do PSDB, João Doria ou Eduardo Leite, todo o cenário se modifica.
Um acordo do PSDB com o União Brasil, resultante da fusão de DEM e PSL, também pode alterar a composição das chapas nos estados. Se o PSDB ficar com a cabeça da chapa nacional, por exemplo, pode ter que ceder a cabeça da chapa nos estados ao DEM/PSL.
Somente no fim de novembro ou mesmo em 2022 é que o ritmo de construção do grupo de oposição deve voltar ao que foi nos últimos meses.
Aí, sim, com várias definições mais adiantadas.