Há alguns meses, numa entrevista à coluna, o prefeito de Petrolina respondia sobre a possibilidade ser o candidato de Bolsonaro em Pernambuco, na disputa pelo governo do Estado.
Saiu-se com uma frase de chamar atenção: "Quem fica preso a ideia única é doido".
E deixou, no ar a possibilidade de ficar ou não ao lado do presidente para a eleição de 2022.
Para ser justo, é preciso dizer que não é apenas o baixíssimo índice de popularidade do atual presidente o que determina essa decisão. As mudanças partidárias também são influência grande.
Miguel saiu do MDB e foi para o DEM, com o objetivo de ser candidato. Ao chegar, deparou-se com um processo de fusão em curso. O DEM e o PSL viraram um só partido: o União Brasil.
Não é qualquer partido, mas o maior do Brasil em tempo de propaganda e verba eleitoral. E, mais, ficou sendo presidido por Luciano Bivar (PSL), deputado federal pernambucano que brigou com Bolsonaro.
No jantar com a imprensa, na véspera de sua filiação ao DEM, Miguel repetiu a frase sobre mudança, mas afirmou que estaria recebendo Bolsonaro brevemente, em uma visita a ser marcada para Petrolina.
A visita é nesta quinta-feira (21), alguns anúncios serão feitos. Mas, Miguel não estará lá.
Ao invés de receber o presidente, o pré-candidato ao Palácio vai começar um roteiro de visitas a prefeitos pelo estado, pensando em 2022.
Sem ideia fixa.