Dentro da possibilidade de PSDB, Cidadania e PV formarem uma federação, como se fosse uma coligação, faz total sentido a saída de Priscila Krause do DEM.
Priscila depende de voto qualificado, de opinião. O custo financeiro de uma campanha da deputada estadual sempre vai ser mais baixo do que o de candidatos que dependem totalmente do fundo eleitoral para garantir resultados.
O DEM era um ambiente seguro para ela, com bom controle sobre a formação das chapas, para que não houvesse prejuízo.
Esse ambiente seguro fica nebuloso com a entrada de Miguel Coelho (DEM) no partido. Miguel tem um grupo grande, traz com ele prefeitos e ex-prefeitos, cada um dos que chega tem seus candidatos e seus métodos para conseguir votos.
Pra completar, a fusão com o PSL deixa tudo ainda mais confuso. Como serão formadas as chapas para a eleição? Ninguém sabe explicar ainda.
O dinheiro é parte essencial desse cálculo. Priscila, que construiu seu eleitorado sob o voto de opinião, mesmo que tivesse muito mais verba, alcançaria resultado?
Ela é muito próxima de Raquel Lyra (PSDB) e terá um ambiente mais seguro e confiável para buscar a reeleição.
Para o PSDB, provável destino de Priscila, também será muito bom ter uma representante tão identificada com o Recife no palanque de 2022.
É claro que é uma mudança dura, já que ela passou tantos anos no mesmo partido.
Mas, às vezes é necessário.