Ao menos para ACM Neto, a fusão com o PSL de Luciano Bivar está indo bem. Difícil saber como será para os outros membros do que era o DEM.
Quando aceitou abrir mão da presidência nacional do próprio partido para formar o União Brasil, o neto de Antônio Carlos Magalhães estava de olho no dinheiro e no tempo de TV da nova sigla para alcançar o seu objetivo: virar governador da Bahia.
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Em uma eleição tão incerta quanto a de 2022, já que a ausência de coligações muda todo o jogo, é normal que haja muita insegurança. Quando falta segurança na política orgânica, apela-se para a "estrutura", o dinheiro.
Agora, ACM Neto e todo o União Brasil têm bastante.
Isso fez com que adversários desistissem de disputar contra ele pelo governo baiano.
O senador Otto Alencar (PSD), preferido pelo PT do bem avaliado governador Rui Costa, avisou, esta semana, que não vai pra briga com ACM.
O próprio governador, cotado para o Senado, desistiu e deve terminar o mandato. Para não atrapalhar a chapa.
Os petistas de lá agora procuram algum ilustre desconhecido para o sacrifício.
Resta saber se, no resto do País, os ex-membros do DEM, terão um cenário parecido para vencer.
Em PE, por exemplo, Priscila Krause deixou o DEM, antes mesmo de o União Brasil ter sido oficializado. Na época, afirmou que faltava previsibilidade para o partido, que passou a ser comandado nacionalmente por Luciano Bivar.
Agora, o vereador do Recife Alcides Cardoso confirmou, igualmente, sua saída da sigla. Vai seguir Priscila.
A "previsibilidade" tem sido um dilema em todo o cenário de 2022, não apenas no União Brasil. Mas, alguns correm mais risco que outros.