Ciro Gomes (PDT) é como um jogador de xadrez que planeja todas as suas jogadas, monta uma estratégia e seus planos sempre estão direcionados para o sucesso.
O que ele não conta, quase sempre, é com o adversário no outro lado do tabuleiro.
Ele não coloca nos cálculos a oposição que terá, a falta de apoio no Congresso, as pressões da opinião pública. É como se isso não existisse.
É a única explicação para o candidato vender a ideia de que vai fazer plebiscitos no Brasil, caso seja eleito presidente, para que o “povo decida” sobre questões sensíveis ao país quando houver impasse com o Congresso.
Somente o aspecto jurídico já é questionável, visto que não se pode fazer plebiscito no país sem a aceitação do Congresso.
Então, se o Congresso não concordar com uma proposta do governo, vai concordar em ser driblado e substituído por uma consulta popular? Faz um bom tempo que Ciro não anda pela Câmara Federal, em Brasília. Mas os aspectos não republicanos da atuação dos nossos deputados mudaram pouco nas últimas décadas e até se exacerbaram.
Não tem lógica no Brasil, mas funciona na cabeça de Ciro. DO jeito que muitas ideias sem lógica funcionavam e ainda funcionam na cabeça de Lula (PT) e de Bolsonaro (PL).
E olha que nem se está, aqui, questionando o caráter populista de uma proposta como essa, vinda do pedetista. Esses argumentos de plebiscito são base do discurso de ditadores pela América Latina que costumam maquiar isso com um "bolivarianismo" emulador de democracia.
Agregador de pesquisas JC
Confira abaixo os números do agregador de pesquisas do JC com a Oddspointer: