Três frases de Nelson Rodrigues podem pontuar bem a relação de Jair Bolsonaro (PL) com o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A primeira: “Com sorte você atravessa o mundo, sem sorte você não atravessa a rua”. Bolsonaro virou presidente quando nem ele acreditava e quase conseguiu ser reeleito, só não foi por causa dos aliados aloprados que protagonizaram cenas de desequilíbrio mental com armas em punho às vésperas da votação e mexeram com uma parte dos eleitores. O ex-presidente poderia estar agora completamente blindado de todas as acusações em que está envolvido com a direção de Alexandre de Moraes. Ele teve sorte para virar presidente, faltou sorte para atravessar a rua no fim da trajetória.
A segunda frase: “O problema do tapa não é o tapa, é o barulho”. O ex-presidente não deve ser preso, mas deve enfrentar ao menos mais seis meses de muito barulho com uma consequência prática bem previsível no fim, que é a inelegibilidade. Ele vai ser impedido de disputar eleições. Bolsonaro não deve ser preso, a não ser que resolva confessar algum crime explicitamente ou que seja denunciado por algum aliado com provas muito robustas. E a prisão não deve acontecer fácil porque Alexandre de Moraes não tem apoio dos colegas no STF para isso. Quando se fala na possibilidade de prisão do ex-presidente, os outros ministros costumam tratar como algo muito radical. O motivo para mais seis meses de barulho, ainda, é que Moraes tem apoio do corregedor no TSE, Benedito Gonçalves para as ações contra o ex-presidente, mas o mandato de Gonçalves na corregedoria se encerra em novembro, daqui a seis meses.
A terceira frase: “A pior forma de solidão é a companhia de um paulista”. Bolsonaro nasceu em São Paulo e Moraes também.
Com a saída do senador Randolfe Rodrigues da Rede Sustentabilidade, o único parlamentar do partido de Marina Silva em atividade no Congresso Nacional agora é o pernambucano Túlio Gadêlha (Rede). A própria Marina é deputada, mas está licenciada para comandar o Ministério do Meio Ambiente.
O Rede surgiu oficialmente em 2015, após muita polêmica. Na época, Marina chegou a se filiar provisoriamente ao PSB e disputar a Presidência da República no partido socialista após a morte de Eduardo Campos, depois de ter sido vice na chapa do ex-governador pernambucano.
A derrota em 2014 e o posterior mergulho de sua principal líder enfraqueceram a sigla. Marina ficou famosa por disputar eleição e depois desaparecer por quatro anos. Na pandemia, momento de extrema efervescência política, brincava-se que “Marina Silva demorava, no mínimo, três dias a mais do que todo mundo para ter uma opinião sobre qualquer coisa”.
Como resultado, o partido teve dificuldade com as cláusulas de desempenho em todas as eleições que disputou, chegando às vias da extinção. Agora, sai de uma representação já pequena no Congresso para uma menor ainda.
O Palácio está trabalhando pesado na escolha de Joaquim Lira (PV) para a vaga de Teresa Dueire no Tribunal de Contas do Estado.
A disputa se dá entre ele e Rodrigo Novaes (PSB). Os dois deputados estaduais brigam para ver quem agrada mais os colegas na votação que deve acontecer semana que vem.
Uma fonte no Palácio do Campo das Princesas afirma que a governadora Raquel Lyra (PSDB) “começou a fazer política” e está empenhada para que Lira, natural de Vitória de Santo Antão, saia vitorioso contra o socialista.
Lívia Coêlho Paes Barreto e a Fundação Nilo Coelho, junto com a TV Grande Rio, estão lançando na próxima semana o livro “José Coelho - Um líder sertanejo”.
A obra conta a história do político que foi prefeito de Petrolina por duas vezes e chegou a representar o estado como Senador da República até 2002. Zé Coelho, como era conhecido, morreu em 2007.
O livro será lançado no dia 26 de maio, às 19h, no auditório da Fundação Nilo Coelho em Petrolina.