Depois de 10 meses suspenso por causa da pandemia de covid-19, o primeiro semestre letivo de 2020 da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), interrompido em 16 de março, será retomado nesta segunda-feira (25) e deve acabar em 30 de abril. Diferentemente de como começou, o modelo de ensino será híbrido, ou seja, com aulas presenciais e remotas. Mas a maioria das disciplinas vai acontecer à distância. Apenas 5% delas exigirão que alunos e professores estejam na universidade.
“A proposta é de um semestre híbrido, mas prioritariamente remoto. Das 7.166 disciplinas que vamos ofertar, apenas 356 indicaram algum grau de presencialidade. Compete a cada centro garantir as condições de biossegurança para a realização das aulas”, explica a pró-reitora de graduação, Magna do Carmo. Turmas poderão ser divididas em grupos menores e adotado o esquema de rodízio.
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“A expectativa por essa volta é muito grande. Há um pouco de receio porque será tudo novo, teremos o desafio de seguir o protocolo, com máscaras, luvas, álcool em gel”, comenta a estudante Sabrina Pinheiro, aluna do 7º período de fonoaudiologia. “As aulas presenciais são imprescindíveis, ainda mais para meu curso, voltado para área de saúde. O aprendizado no remoto não é a mesma coisa”, afirma.
Entre agosto e dezembro, a UFPE implantou um semestre suplementar, com a oferta de 2.670 disciplinas. A participação não era obrigatória. Foram formadas 2.900 turmas, com 1.946 professores. De um universo de cerca de 30 mil alunos da graduação, 25 mil se matricularam nesse semestre suplementar. E desses, 20 mil foram aprovados, 3 mil reprovados e os demais trancaram.
“Retomo o semestre super instigado. Trabalho com tecnologia de educação há 20 anos e percebi como foi difícil dar aulas durante o semestre extra. Por mais que dominássemos o tema, tivemos que reaprender”, diz Marcos Barros, docente de licenciatura.
A reabertura do ano letivo será feita virtualmente pelo reitor Alfredo Gomes, às 9h, com aula magna transmitida pelo YouTube da UFPE.