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Por Mirella Araújo e equipe
NOVO ENSINO MÉDIO

NOVO ENSINO MÉDIO: Governo Lula vai suspender o novo ensino médio? Entenda decisão do MEC

O governo federal deve suspender uma portaria que dava prazos para alterações no ensino médio do País

Cadastrado por

Samara Cinobio

Publicado em 03/04/2023 às 19:54 | Atualizado em 03/04/2023 às 21:29
Dia do Estudante é anualmente comemorado em 11 de agosto. - Gabriel Jabur/Agência Brasil

Com Estadão Conteúdo

O governo federal deve suspender uma portaria que dava prazos para alterações no ensino médio do País. Desta forma, fica adiada a adaptação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prevista para 2024.

A implementação do novo modelo nas salas de aula, iniciada em 2022, não deve ser afetada pela decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Vai ter revogação do novo ensino médio?

A decisão de agora não significa revogação do novo ensino médio. O novo modelo foi instituído por lei e, para ser revogado, precisa passar pelo Congresso.

O novo ensino médio vem sendo alvo de críticas de entidades estudantis e uma parcela das associações do setor.

A pressão, porém, que vem inclusive de parte da esquerda, fez o governo Lula responder com um aceno de mudança. A previsão é de que essa nova portaria suspenda o cronograma por 90 dias. Nesse período, é realizada consulta pública sobre o novo ensino médio.

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Suspensão de mudanças no Enem

Em entrevista ao Diário do Nordeste, do sistema Verdes Mares, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira (3), que vai suspender as mudanças no Enem.

"Não é só simplesmente chegar e revogar. É preciso discutir. É isso que precisamos fazer. Espero que nesses 90 dias da portaria, a gente possa ter uma decisão e deveremos suspender qualquer mudança no Enem em relação a 2024 por conta dessa questão do novo ensino médio", disse Camilo.

O que é o novo ensino médio?

A reforma do ensino médio foi inicialmente instituída por meio de medida provisória pela gestão Michel Temer (MDB), o que levou a muitas críticas diante da falta de espaço para discussão com professores, alunos e entidades.

Depois, foi aprovada como lei. Ela definiu que parte do ensino médio seria feito com as disciplinas básicas e obrigatórias (cerca de 60% da carga horária) e o restante, flexível.

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