De acordo com um balanço realizado pela nova diretoria da Associação de Donos de Pousadas de Fernando de Noronha, as hospedagens na ilha sofreram uma queda de 80% a 50%, quando comparado com o mesmo período de 2022.
Neste sábado (11), o governo de Pernambuco também assinou acordo com a União que poderá limitar turismo em Fernando de Noronha. Entenda situação da ilha.
Queda de ocupações em pousadas de NORONHA ocorrem por situação do aeródromo
Segundo as informações que a associação das pousadas deu ao G1, os dirigentes do local consideram que a queda de ocupações na ilha de Fernando de Noronha está vinculado com a proibição de pousos de avião de grande porte na região.
A decisão da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) sobre o pouso de aerojatos em Fernando de Noronha ocorre por conta da situação da pista do aeródromo, área para pouso, decolagem e movimentação de aviões.
Após ser empossada em 31 de janeiro, a nova gestora de Fernando de Noronha, Thallyta Figueirôa, declarou que uma das prioridades do governo de Pernambuco é acelerar a permissão de aerojatos na ilha. O governo Raquel Lyra (PSDB) já iniciou a produção de um relatório sobre a situação do aeroporto no local.
"A preocupação do governo do estado é dar condições ao turismo e ao morador, que precisa do aeroporto no deslocamento diário. É uma prioridade do governo”, relatou Thallyta Figueirôa.
Governo de Pernambuco e União planejam compartilhar Fernando de Noronha e limitar temporariamente turismo
Segundo a Agência Brasil, a União e o governo de Pernambuco assinaram um acordo que planeja compartilhar as responsabilidades na administração de Fernando de Noronha. A ação ainda terá de ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para ser validada.
A cooperação entre o Governo Federal e Pernambuco formaria um comitê para acompanhar o cumprimento das regras estabelecidas para ilha de Fernando de Noronha.
O objetivo do acordo é garantir a cooperação entre o Governo Federal e Pernambuco e assegurar a adaptação da administração e turismo de Fernando de Noronha às normas ambientais.
O documento enviado ao STF pela Advocacia-Geral da União também prevê que haja limitação do número de turistas em Fernando de Noronha, até que um novo estudo ambiental seja realizado na ilha.
A definição aponta que o número de turistas não poderá ultrapassar 11 mil pessoas por mês e 132 mil por ano. Também será proibido a ampliação da área urbana em Fernando de Noronha. Caso seja aprovado, o acordo se manterá em vigor por tempo indeterminado.