Os ônibus que circulam na Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, seguem usufruindo da arrumação dada no corredor, um dos mais importantes da cidade e na ligação com a capital. Mesmo com a inconclusão das obras - que pela primeira promessa da Prefeitura de Olinda deveriam ser concluídas em dezembro de 2021, mas ficarão para o primeiro semestre de 2022 -, os benefícios para a circulação do transporte público é fato. A impressão, nesse caso, vale até mais do que os números.
Conclusão das obras de requalificação da Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, ficará para 2022
Presidente Kennedy, em Olinda, é parte esperança, parte suplício com lentidão da obra
“Ganhamos 20 minutos nas viagens. É o que percebo. Apesar de a obra não estar concluída e ainda termos praticamente meia avenida em obras. E como o terminal (Terminal Integrado de Xambá) fica no fim do corredor, sabemos que poderia ser muito melhor se tudo estivesse pronto. Mas melhorou muito mesmo assim. Está tudo mais organizado”, afirmou o motorista Paulo Hélio, da Empresa Caxangá. O TI Xambá foi o último dos 26 terminais integrados a ser construído no Grande Recife e por muitos anos não tinha uma única integração.
Pela Avenida Presidente Kennedy circulam dez linhas de ônibus, que realizam 823 viagens ao dia. Olhando os números, o ganho não é tão grande. Segundo informações da Empresa Caxangá, a conclusão das obras em praticamente 50% da avenida proporcionou uma ganho de 6% considerando todo o corredor da Presidente Kennedy, o que equivale a 4m12s minutos, em média, por viagem. Os dados são da linha 820 - TI Xambá (Cabugá), que tem 40% do seu percurso na Presidente Kennedy e, por inconclusão da requalificação, ainda faz praticamente 50% do percurso em meio às obras. De forma geral, entretanto, a impressão dos técnicos é de que, atualmente, os ônibus ganharam uma viagem a mais: se antes um único veículo realizava quatro viagens, agora consegue fazer cinco.
O motorista de ônibus Valmir de Lima Filho alerta para a necessidade de fiscalização na avenida, principalmente nas baias criadas para permitir a ultrapassagem dos coletivos. “A desordem segue e já não vemos fiscalização. Principalmente em algumas áreas, como as próximas ao comércio. A obra também precisa avançar porque está demorando demais. E há trechos em que houve um afunilamento das faixas, jogando os carros e os ônibus uns contra os outros”, criticou.