O Primeiro Relatório Anual de Segurança Viária da capital, realizado pela CTTU e Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, também trouxe dados positivos relacionados ao trânsito do Recife. Entre eles, bons hábitos entre os condutores e reduções importantes na violência diária praticada nas ruas e avenidas da capital.
A cidade conseguiu, entre os anos de 2017 e 2020, reduzir em 29% o número de mortes no trânsito e em 11% o total de feridos. Somente no ano de 2020, essa redução foi ainda maior entre as vítimas feridas: 18%.
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A queda, entretanto, tem explicação no fato de que 2020 foi o primeiro e mais assustador ano da pandemia de covid-19. Sem vacinação e ainda sem perspectiva de tê-la, as pessoas se trancaram em casa e o poder público impôs duas quarentenas naquele ano. O tráfego de veículos chegou a ter redução superior a 80%.
Foram 154 vítimas fatais no trânsito recifense em 2017 e 109 vítimas em 2020. Entre os feridos, a capital teve 2.140 em 2017 e verificou uma redução para 1.897 vítimas dos sinistros de trânsito em 2020.
O atropelamento foi a terceira mais frequente causa que resultou em feridos no trânsito do Recife nos três anos analisados. O cenário foi o mesmo para o abalroamento de veículos (1º lugar), seguido da colisão entre veículos (2º). O quarto lugar se manteve com o choque de veículos contra objetos fixos e o quinto lugar com os capotamentos.
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CAUSA DE MORTES
Como consequência dessa redução, o trânsito também regrediu no ranking das principais causas de mortes na cidade. Caiu um degrau, passando da sexta posição em 2017 para a sétima posição em 2019.
A taxa de mortalidade por sinistros de trânsito também apresentou redução na capital pernambucana. Em 2020, foi de 6,59 mortes por 100 mil habitantes, um índice bem abaixo da média nacional, de 14,7 mortes/100 mil habitantes (segundo dados preliminares do DataSus).
USO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Voltando aos aspectos positivos que foram verificados no levantamento, a maioria dos condutores e ocupantes dos veículos que circulam na cidade fazem o uso correto do cinto de segurança - lembrando que o não uso do equipamento é infração grave, com multa no valor de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira nacional de habilitação (CNH).
E, entre os motociclistas, a maioria dos ocupantes das motos usam o capacete corretamente - uma boa notícia para a categoria que sofre do estigma da imprudência - lideraram entre os veículos que mais excedem a velocidade no trânsito recifense - 49%. Lembrando, novamente, que não usar capacete é infração gravíssima com multa no valor de R$ 293,47 e suspensão automática do direito de dirigir.